A embaixada dos Estados Unidos no Brasil ameaçou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que é relator do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros réus acusados de tentativas golpistas para reverter o resultado das eleições presidenciais de 2022. Em uma postagem nas redes sociais, a embaixada afirmou que tomará medidas contra Moraes e aqueles que, segundo ela, têm minado as liberdades fundamentais no país.
A crítica à atuação de Moraes não é nova; em agosto, a embaixada já havia o acusado de ser o principal responsável pela censura e perseguição a Bolsonaro e seus apoiadores. A nova mensagem coincide com a retomada do julgamento da trama golpista e foi publicada em um contexto onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participava de celebrações cívicas na capital federal, enquanto manifestantes pediam anistia para os envolvidos em ataques aos Três Poderes.
As declarações da embaixada geraram reações diversas nas redes sociais. Enquanto alguns internautas expressaram apoio à postura dos EUA, a maioria criticou o que considerou uma interferência nos assuntos internos brasileiros. A Agência Brasil buscou um posicionamento da assessoria do ministro Moraes, que ainda não se manifestou sobre o assunto.