Um estudo realizado pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP-USP) aponta que cerca de 20% da ingestão calórica dos brasileiros provém de alimentos ultraprocessados, como biscoitos recheados e refrigerantes. A especialista em Nutrição de Precisão, Patrícia Mirisola, destaca que esses produtos podem desregular hormônios da fome e da saciedade, além de inflamar o corpo e aumentar a expressão de genes relacionados a doenças crônicas.
Os ultraprocessados são definidos como fórmulas industriais feitas com ingredientes refinados e aditivos, projetados para imitar alimentos naturais. Apesar de sua popularidade devido à praticidade e baixo custo, o consumo diário desses produtos pode ter consequências graves para a saúde, incluindo o aumento do risco de obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares. A nutricionista alerta que a dieta dominada por ultraprocessados compromete a absorção de nutrientes essenciais e a resposta imunológica do organismo.
As implicações do consumo excessivo de ultraprocessados vão além do ganho de peso, pois substâncias artificiais presentes nesses alimentos podem interferir na sinalização hormonal e no metabolismo. A especialista sugere que a substituição por opções mais saudáveis é fundamental para manter o equilíbrio metabólico e a saúde geral. A conscientização sobre os riscos associados a esses produtos é crucial para promover hábitos alimentares mais saudáveis entre os brasileiros.