Um estudo conduzido por pesquisadoras brasileiras demonstrou que a demarcação de Terras Indígenas (TIs) tem um efeito positivo na saúde da população, especialmente na mitigação de doenças relacionadas a queimadas e infecções tropicais. A pesquisa, que analisou dados entre 2000 e 2019, concluiu que as TIs legalmente reconhecidas beneficiam não apenas as comunidades indígenas, mas também as populações em cidades situadas até 500 quilômetros de distância. As autoras, Julia Barreto da USP e Paula Prist da União Internacional pela Conservação da Natureza, enfatizam que o reconhecimento legal das TIs é crucial para a saúde pública e para a preservação ambiental, sugerindo que a proteção de mais áreas florestais sob gestão indígena pode reduzir significativamente a poluição do ar e suas consequências para a saúde humana.