Um levantamento da Transparência Internacional identificou falhas graves na transparência dos Estados brasileiros quanto à prestação de contas sobre emendas parlamentares e execução de obras públicas. Apenas Acre, Minas Gerais e Distrito Federal apresentam informações completas sobre a destinação desses recursos, segundo o Índice de Transparência e Governança Pública 2025.
O estudo avaliou 26 unidades federativas com base em 106 critérios, classificando os Estados em níveis que variam de “ótimo” a “regular”. Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Ceará e Distrito Federal obtiveram as melhores notas, enquanto Sergipe, Piauí, Acre, Roraima e Amapá ficaram entre os piores. A pesquisa destaca que a falta de dados detalhados sobre emendas estaduais, federais e “emendas Pix” dificulta o controle social e aumenta o risco de corrupção.
Especialistas alertam que a transparência é fundamental para prevenir irregularidades e garantir a efetividade das políticas públicas. A ausência de informações claras compromete o debate público e a fiscalização dos recursos, impactando negativamente a governança. Alguns Estados reconhecem avanços recentes, mas o desafio permanece para assegurar maior integridade e prestação de contas no uso dos recursos públicos.