Um estudo conduzido com 19.325 pacientes em 25 cidades europeias identificou uma associação significativa entre a poluição do ar e a gravidade da apneia obstrutiva do sono (AOS). A pesquisa cruzou dados clínicos com registros de qualidade do ar, demonstrando que o aumento das partículas PM10 no ambiente eleva o número de interrupções respiratórias durante o sono. Segundo os pesquisadores, cada incremento na concentração dessas partículas resulta em um aumento médio de 0,41 eventos respiratórios por hora.
A apneia do sono é um distúrbio grave que provoca pausas na respiração durante a noite, causando sonolência diurna e aumentando o risco de doenças cardiovasculares. O estudo destaca que, além dos fatores tradicionais como obesidade e idade, a poluição atmosférica é um fator relevante para o desenvolvimento e agravamento da doença. A exposição prolongada a partículas finas pode levar a um aumento significativo na severidade da apneia, impactando negativamente a saúde pública.
Diante desses achados, especialistas alertam para a necessidade de políticas públicas que reduzam a poluição do ar, visando melhorar a qualidade do sono e prevenir complicações cardíacas associadas. A pesquisa reforça a importância de medidas ambientais como estratégia complementar no combate à apneia do sono, especialmente em áreas urbanas com altos índices de poluentes atmosféricos.