Um novo estudo da Universidade McMaster levanta uma controvérsia ao sugerir que o consumo de proteína animal pode, na verdade, reduzir o risco de morte por câncer, desafiando a posição da Organização Mundial da Saúde (OMS), que classifica a carne vermelha como possivelmente cancerígena. A pesquisa, financiada pela National Cattlemen’s Beef Association, destaca a complexidade da nutrição ao agrupar diferentes fontes de proteína, mas apresenta limitações significativas, como a falta de distinção entre carnes processadas e não processadas.
Os pesquisadores analisaram o consumo de “proteína animal” de forma ampla, incluindo carnes vermelhas, aves, peixes e laticínios. Essa abordagem pode ter obscurecido os efeitos protetivos de algumas fontes, como peixes oleosos, enquanto não diferenciou os riscos associados às carnes processadas. Além disso, o estudo também investigou proteínas vegetais e encontrou resultados contraditórios em relação à proteção contra o câncer, complicando ainda mais o entendimento sobre os benefícios e riscos de diferentes alimentos.
Embora as novas descobertas adicionem uma nova dimensão ao debate sobre o consumo de carne, especialistas alertam que isso não deve ser interpretado como um sinal verde para aumentar o consumo de carne vermelha. O excesso de carne vermelha continua associado a doenças como diabetes e problemas cardíacos. A recomendação permanece: manter uma dieta equilibrada e moderada, priorizando uma variedade de alimentos saudáveis para garantir uma nutrição adequada.