Um estudo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences revela que a expectativa de vida está aumentando de forma mais lenta para pessoas nascidas entre 1939 e 2000. A pesquisa, que analisou 23 países de alta renda, indica que, enquanto a expectativa de vida aumentou em cinco meses e meio por geração até 1938, esse número caiu para apenas dois meses e meio a três meses e meio nas gerações mais recentes.
Os pesquisadores, liderados por José Andrade do Instituto Max Planck de Pesquisa Demográfica, utilizaram dados do Banco de Dados de Mortalidade Humana e seis métodos diferentes de previsão para chegar a esses resultados. Eles destacam que a mortalidade infantil já é tão baixa que há pouco espaço para melhorias significativas na expectativa de vida das gerações atuais.
As previsões indicam que mesmo com melhorias na saúde entre adultos e idosos, os ganhos na expectativa de vida não devem se igualar aos alcançados na primeira metade do século XX. Os cientistas consideram os resultados do estudo altamente robustos e alertam para a necessidade de atenção às tendências atuais de longevidade.