Um estudo publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences revela que a expectativa de vida está aumentando mais lentamente para pessoas nascidas entre 1939 e 2000. A pesquisa, que analisou 23 países de alta renda, indica que o aumento na expectativa de vida caiu de cinco meses e meio por geração, entre 1900 e 1938, para apenas dois meses e meio a três meses e meio. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa de vida atual dos brasileiros é de 76,4 anos.
Os pesquisadores, liderados por José Andrade do Instituto Max Planck de Pesquisa Demográfica (MPIDR), utilizaram seis métodos diferentes de previsão de mortalidade para garantir resultados confiáveis. Eles descobriram que a taxa de aumento da expectativa de vida para as gerações mais recentes está diminuindo entre 37% e 52%. Essa desaceleração é atribuída à já baixa mortalidade em idades jovens, que não permite grandes melhorias adicionais.
As previsões indicam que mesmo com avanços na sobrevivência entre adultos e idosos, os ganhos em longevidade não alcançarão os níveis do início do século XX. Os pesquisadores consideram os resultados do estudo altamente robustos e alertam que a mortalidade nas faixas etárias mais avançadas não melhorará rapidamente o suficiente para compensar essa desaceleração na expectativa de vida.