A Associação Internacional de Estudos sobre Genocídio (IAGS) aprovou uma resolução afirmando que as políticas e ações de Israel em Gaza atendem à definição legal de genocídio. De acordo com a resolução, as ações israelenses, em resposta ao ataque terrorista do Hamas em 7 de outubro de 2023, não se restringem ao grupo, mas visam toda a população gazense, resultando em crimes contra a humanidade e genocídio.
A IAGS fundamenta sua conclusão citando o Artigo II da Convenção das Nações Unidas para a Prevenção e a Repressão do Crime de Genocídio, destacando que Israel deslocou forçosamente quase todos os 2,3 milhões de palestinos na Faixa de Gaza e destruiu mais de 90% da infraestrutura habitacional. A presidente da IAGS, Melanie O’Brien, afirmou que a situação em Gaza é um caso claro de genocídio, enquanto o governo israelense refuta as alegações, considerando-as absurdas.
A resolução da IAGS surge em meio à escalada militar de Israel em Gaza, que gerou críticas globais e levou a Alemanha a suspender vendas de armas associadas ao conflito. A crise humanitária se intensifica, com relatos de fome e desnutrição na região, onde mais de 63 mil palestinos já perderam a vida desde o início da guerra. A falta de monitoramento independente torna os dados sobre vítimas dependentes do Ministério da Saúde de Gaza, cujas informações não podem ser verificadas de forma independente.