Um relatório divulgado em setembro de 2025 no Reino Unido aponta que o biometano produzido a partir de resíduos agrícolas não será capaz de substituir amplamente o gás natural no aquecimento residencial. A pesquisa indica que essa fonte renovável poderá atender apenas 18% da demanda atual de gás até 2050, contrariando as afirmações de grupos ligados aos combustíveis fósseis. O estudo reforça que a adoção massiva de bombas de calor é fundamental para a descarbonização do setor.
O biometano, obtido principalmente pela digestão de esterco, esgoto e outros resíduos orgânicos, tem sido promovido como uma alternativa de baixo carbono ao gás fóssil. Seus defensores argumentam que essa opção causaria menos transtornos do que substituir toda a infraestrutura atual por sistemas de aquecimento elétricos. No entanto, o relatório destaca que, apesar dessas vantagens, o potencial do biometano é limitado e insuficiente para cumprir as metas climáticas estabelecidas.
Diante desse cenário, o estudo recomenda que políticas públicas e investimentos priorizem tecnologias mais eficientes, como as bombas de calor, para reduzir as emissões no aquecimento doméstico. As decisões tomadas pelo Reino Unido terão impacto significativo na estratégia nacional de combate às mudanças climáticas e poderão influenciar o mercado energético europeu, reforçando a necessidade de uma transição energética sustentável e eficaz.