Um estudo realizado pelo Departamento do Trabalho dos Estados Unidos, equivalente ao IBGE no Brasil, indica que até 2034, setores como saúde, assistência social e tecnologia da informação devem experimentar um crescimento significativo. As mudanças estruturais, como o envelhecimento da população e a transformação digital, são apontadas como principais impulsionadoras desse fenômeno. A consultora de carreiras Taís Targa ressalta que, embora as tendências observadas nos EUA também se reflitam no Brasil, o país enfrenta desafios adicionais que podem atrasar esses impactos.
O levantamento destaca que a demanda por profissionais na área de saúde e assistência social deve aumentar em 8,4%, refletindo a necessidade crescente de médicos, enfermeiros e cuidadores devido ao aumento da idade média da população e das doenças crônicas. Além disso, setores como serviços profissionais, científicos e técnicos também devem crescer, impulsionados pela inteligência artificial e pela análise de dados. No entanto, setores como comércio varejista e mineração estão projetados para encolher, devido à automação e à eficiência operacional.
As implicações desse estudo são significativas para o Brasil, onde as mudanças podem ocorrer com um atraso médio de cinco anos em relação aos EUA. Targa observa que questões políticas e econômicas podem dificultar a adoção de novas tendências no mercado de trabalho brasileiro. Apesar disso, áreas como energia renovável e tecnologia têm potencial para gerar novas oportunidades de emprego, especialmente com o aumento da demanda por soluções sustentáveis e inovação tecnológica.