A Esplanada dos Ministérios, em Brasília, amanheceu praticamente deserta nesta terça-feira (2), dia em que o Supremo Tribunal Federal (STF) inicia o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros réus acusados de tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. O espaço, que normalmente é movimentado por servidores e turistas, conta com um rigoroso esquema de segurança, incluindo mais de 3.000 agentes e drones para vigilância.
As medidas de segurança visam prevenir protestos e tumultos durante o julgamento, que deve ser acompanhado de perto pelas autoridades. Barreiras móveis foram instaladas ao redor do STF, e uma célula integrada de inteligência foi criada para monitorar redes sociais e mapear riscos. O julgamento pode se estender até 12 de setembro e envolve acusações graves, como organização criminosa armada e tentativas de abolição violenta do Estado democrático de Direito.
Se condenado, Jair Bolsonaro poderá enfrentar penas que variam entre 12 e 43 anos de prisão, dependendo da participação individual nos crimes. As penas só serão cumpridas após o trânsito em julgado, e, por ser ex-presidente, Bolsonaro poderá ser encarcerado em uma sala especial na Papuda ou na Superintendência da Polícia Federal em Brasília. O desfecho deste caso pode ter implicações significativas para a política brasileira.