No Brasil, muitos motoristas se questionam sobre a composição dos combustíveis vendidos nos postos, que não são puros. A gasolina comum pode conter até 30% de etanol anidro, enquanto o etanol hidratado apresenta cerca de 5% de água, e o diesel agora possui 15% de biodiesel. Essas misturas visam reduzir custos e melhorar o desempenho dos motores, substituindo aditivos tóxicos como o chumbo tetraetila por etanol, que atua como antidetonante.
A legislação brasileira, em vigor desde agosto de 2025, estabelece essas proporções para os combustíveis. O etanol anidro é adicionado à gasolina para aumentar a octanagem e reduzir custos, enquanto o etanol hidratado é mais acessível economicamente. No entanto, a presença de água no etanol e a adição de biodiesel ao diesel levantam preocupações sobre a durabilidade dos motores, especialmente em veículos importados que precisam ser recalibrados para funcionar adequadamente com essas misturas.
As implicações dessas composições são significativas para a indústria automotiva e para os motoristas. Especialistas alertam que a água no etanol pode causar danos aos sistemas de injeção e que o biodiesel aumenta a suscetibilidade à oxidação, potencializando problemas em veículos leves e pesados. Assim, a necessidade de adaptações nos motores se torna evidente para garantir um desempenho adequado e evitar falhas mecânicas.