Mais de 3,9 mil empresas brasileiras afetadas pelo aumento das tarifas impostas pelo governo dos Estados Unidos recorreram ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em busca de apoio financeiro. Os pedidos de crédito somam mais de R$ 5 bilhões, com o Plano Brasil Soberano já aprovando R$ 2,1 bilhões para 157 companhias até o momento. São Paulo lidera os valores liberados, seguido por Paraná e Santa Catarina.
Entre as empresas impactadas está a Engemasa, fabricante de equipamentos de alta tecnologia para a indústria petroquímica, que teve 60% do faturamento comprometido pelas restrições comerciais americanas. A sócia da empresa relata que o tarifaço interrompeu as vendas e resultou na demissão de cerca de 50 funcionários. O crédito emergencial do BNDES é visto como um alívio temporário, mas especialistas da Fundação Getulio Vargas (FGV) destacam a necessidade de medidas estruturais para garantir a sustentabilidade do setor.
O cenário evidencia a complexidade dos efeitos do tarifaço americano sobre a economia brasileira, especialmente para empresas exportadoras. A continuidade da ajuda financeira e a formulação de políticas públicas específicas serão essenciais para preservar empregos e fortalecer a competitividade nacional diante das barreiras comerciais internacionais.