Empresários brasileiros participam de uma audiência pública nesta quarta-feira (03) em Washington, nos Estados Unidos, para se defender de acusações de práticas comerciais desleais. O governo dos EUA, sob a liderança de Donald Trump, alega que políticas brasileiras prejudicam empresas norte-americanas em setores como etanol e sistemas de pagamento digital. A investigação, iniciada em julho, pode resultar em novas tarifas sobre produtos brasileiros, impactando a relação comercial entre os dois países.
A audiência é parte de uma investigação aberta sob a Seção 301 da Lei de Comércio de 1974, que permite ao governo dos EUA investigar práticas comerciais estrangeiras. O Brasil já protocolou sua resposta oficial ao Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR), negando as acusações e solicitando um diálogo construtivo. Representantes de diversas associações e empresas brasileiras, incluindo setores afetados como máquinas e equipamentos, madeira e café, estão presentes na comitiva.
As implicações dessa investigação são significativas, pois, caso o USTR conclua que o Brasil adota práticas desleais, os EUA poderão aplicar mais tarifas e suspender benefícios comerciais. Por outro lado, se as alegações forem consideradas infundadas, o governo norte-americano poderá reduzir as medidas retaliatórias. A situação destaca a fragilidade das relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos em um contexto de crescente tensão comercial.