O empresário Rafael Renard Gineste foi detido pela Polícia Federal após uma tentativa de fuga em uma lancha de luxo ancorada em Bombinhas, Santa Catarina, na última quinta-feira (28). A prisão ocorreu durante a deflagração da “Operação Tank”, que tem como alvo uma organização criminosa aliada ao PCC (Primeiro Comando da Capital), suspeita de lavagem de dinheiro e adulteração de combustíveis. Gineste, que estava a 250 quilômetros de sua residência em Curitiba, foi rendido pelos agentes enquanto tentava descartar um celular no mar.
Considerado pelos investigadores como um “integrante do núcleo financeiro” da organização criminosa, Rafael Gineste é sócio-administrador da F2 Holding Investimentos. O papel do empresário era crucial na movimentação de grandes volumes de recursos ilegais, utilizando uma complexa rede que envolvia empresas de fachada e holdings. A investigação apurou que esse elaborado esquema injetou, no mínimo, R$ 1 bilhão em espécie em 46 postos de combustíveis localizados na capital paranaense.
A “Operação Tank” foi uma megaoperação conjunta da Polícia Federal e da Receita Federal, com o objetivo de cumprir 14 mandados de prisão. Contudo, oito alvos de alta relevância conseguiram fugir, incluindo líderes do esquema. A prisão de Gineste pode ser um ponto de virada nas investigações sobre o crime organizado no Brasil, especialmente no que diz respeito ao financiamento e à lavagem de dinheiro por parte do PCC.