A parceria comercial entre Brasil e China tem gerado um aumento expressivo no número de empregos formais, superando as expansões proporcionadas por outros países. De 2008 a 2022, os postos de trabalho ligados às exportações para a China cresceram 62%, enquanto as importações registraram um aumento de 55,4%. Esses dados foram revelados em um estudo do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), divulgado recentemente.
O CEBC, em colaboração com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), analisou que, embora o comércio sino-brasileiro tenha gerado mais empregos na importação, o setor exportador ainda apresenta desafios devido ao perfil da pauta exportadora, que é dominada por produtos agropecuários e minerais. A analista Camila Amigo destacou que esses setores, apesar de competitivos, geram menos postos de trabalho devido à mecanização.
Com um superávit acumulado de US$ 276 bilhões na última década, a relação comercial com a China se mostra fundamental para a estabilidade econômica do Brasil. A analista enfatiza que o futuro dessa parceria deve focar na diversificação das exportações e na inclusão socioeconômica, aproveitando a demanda por commodities e expandindo o comércio para novos produtos e empresas.