A parceria comercial entre Brasil e China resultou em um crescimento significativo no número de empregos formais, com um aumento de 62% nas exportações para o país asiático entre 2008 e 2022. O estudo divulgado pelo Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC) destaca que, no mesmo período, as importações da China também geraram um aumento de 55,4% nos postos de trabalho, superando as expansões observadas em outras parcerias comerciais, como com os Estados Unidos e a União Europeia.
O CEBC, em colaboração com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), revelou que a China é o principal parceiro econômico do Brasil, representando 28% das exportações brasileiras e 24% das importações em 2024. Apesar do crescimento expressivo nas exportações para a China, o número absoluto de empregos gerados ainda é inferior ao de outras parcerias, devido ao perfil da pauta exportadora, que é dominada por produtos agropecuários e minerais.
A analista Camila Amigo enfatiza que a relação comercial com a China é fundamental para a estabilidade macroeconômica do Brasil, contribuindo para reduzir a vulnerabilidade externa e aumentar as reservas internacionais. Com a imposição de tarifas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, a parceria sino-brasileira se mostra sólida e essencial, com potencial para diversificação das exportações e inclusão socioeconômica, além de garantir acesso ao maior mercado consumidor do mundo.