A Educação de Jovens e Adultos (EJA) se destaca como uma política pública vital no Brasil, reconhecida pela Constituição de 1988 como um direito universal. Esta modalidade educacional visa reparar as desigualdades históricas que marginalizaram classes populares, negros, indígenas e trabalhadores, garantindo a esses grupos o acesso à escolarização e à cidadania. No dia 8 de setembro, a EJA se reafirma como um instrumento fundamental para democratizar a educação no país.
A EJA não é apenas uma forma de ensino, mas uma estratégia de inclusão que requer metodologias específicas para atender às necessidades dos alunos que conciliam estudos com trabalho e responsabilidades familiares. Inspirada na pedagogia de Paulo Freire, a EJA promove um espaço de diálogo e consciência crítica, onde a alfabetização vai além da decifração das letras, permitindo que os alunos “leiam o mundo” e contribuam para sua transformação. Essa abordagem é crucial para enfrentar a exclusão social e garantir que todos tenham a oportunidade de aprender em qualquer fase da vida.
Fortalecer a EJA é essencial para garantir uma democracia verdadeira, onde cada cidadão tenha acesso ao conhecimento. A EJA articula dimensões políticas e pedagógicas, enfrentando desafios estruturais e apontando para um futuro de inclusão e igualdade. Assim, a educação se torna uma ferramenta poderosa para a emancipação social, permitindo que aqueles historicamente excluídos conquistem novos direitos e participem ativamente da vida social e política.