O governo de Eduardo Leite (PSD) no Rio Grande do Sul enfrenta severas críticas por sua postura em relação à população e aos serviços públicos. Em vez de promover um diálogo construtivo, a administração tem priorizado interesses privados, como evidenciado pelo Projeto de Lei 280, que autoriza a doação de uma área indígena em Viamão para a instalação de um centro logístico, desconsiderando os direitos das comunidades locais. Além disso, a perfuração irregular de poços artesianos e a tentativa de instalar um aterro sanitário na região demonstram uma grave omissão do Estado em regular atividades que impactam o meio ambiente e a saúde pública.
A situação se agrava com a promessa não cumprida de duplicação da RS-118, essencial para a mobilidade da região metropolitana, e com o aumento do ICMS sobre alimentos da cesta básica, que penaliza ainda mais os cidadãos. Apesar do anúncio de investimentos significativos para o Plano Rio Grande após a tragédia climática de maio de 2024, apenas uma fração dos recursos foi efetivamente utilizada, enquanto o governo federal se mostrou mais eficaz no socorro ao Estado. O contraste entre discurso e prática é evidente, especialmente em um contexto onde os feminicídios aumentam e políticas públicas para as mulheres permanecem ineficazes.
O legado do governo Leite é marcado por retrocessos e um modelo de Estado mínimo que compromete a saúde, educação e proteção social. Viamão se destaca como um símbolo desse abandono, refletindo as injustiças enfrentadas pela população gaúcha. A necessidade urgente de justiça social e desenvolvimento sustentável é clara, e a resistência contra os retrocessos impostos pelo governo se torna cada vez mais necessária para garantir um futuro digno ao povo do Rio Grande do Sul.