O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), atualmente nos Estados Unidos, pediu autorização à Câmara dos Deputados para exercer seu mandato à distância. Desde o fim de sua licença de 120 dias, em 20 de julho, ele não registrou presença em nenhuma das seis sessões semipresenciais que permitiam participação virtual. Com um histórico de 13 presenças e 17 faltas não justificadas em 2025, Eduardo enfrenta a possibilidade de perda de mandato, embora a aplicação da regra só ocorra no ano seguinte.
A justificativa de Eduardo para sua ausência é a alegação de perseguição política, comparando sua situação à pandemia, quando o voto remoto foi autorizado. No entanto, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), rejeitou seu pedido e afirmou que ele será tratado como qualquer outro parlamentar. Além disso, Motta enviou quatro denúncias contra Eduardo ao Conselho de Ética e criticou sua atuação fora do país, destacando que suas ações podem impactar negativamente a economia brasileira.
As implicações dessa situação são significativas, pois refletem não apenas a postura do deputado em relação ao seu mandato, mas também a resposta institucional da Câmara diante de parlamentares que atuam fora do Brasil. A rejeição do pedido de voto remoto e as denúncias apresentadas podem influenciar a imagem pública de Eduardo e sua relação com os demais membros da Casa, além de acirrar o debate sobre a responsabilidade dos representantes eleitos em tempos de crise política.