O PL oficializou, nesta terça-feira (16), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) como o novo líder da Minoria na Câmara dos Deputados. O bloco, que se opõe à base de apoio ao governo, viu a deputada Caroline de Toni (PL-SC) renunciar ao cargo em favor de Eduardo, que atualmente reside nos Estados Unidos e não registra presença nas votações há mais de dois meses. A manobra tem como objetivo evitar a cassação do mandato de Eduardo, que poderia ocorrer devido à sua ausência prolongada nas sessões deliberativas.
A deputada Caroline de Toni assumiu a primeira vice-liderança, permitindo que continue representando a bancada nas votações em plenário. A decisão foi respaldada por uma permissão da Mesa Diretora da Câmara, que isenta líderes partidários de justificar ausências. O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), defendeu a nomeação, afirmando que Eduardo está lutando contra injustiças enquanto reside no exterior.
No entanto, a manobra já gera reações adversas do lado governista. O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), classificou a decisão como um absurdo e anunciou que pretende tomar medidas no Plenário e até no Judiciário. Ele já havia feito uma representação criminal no STF pedindo a prisão preventiva de Eduardo Bolsonaro, citando suas atividades em favor de sanções norte-americanas contra o Brasil relacionadas ao julgamento de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro.