Edson Fachin tomou posse como presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) em dezembro de 2024, adotando um perfil discreto e distante das polêmicas midiáticas. Em seu discurso de posse, destacou a importância de separar o Direito da política, afirmando que “ao Direito o que é do Direito, à política o que é da política”. A cerimônia simples, sem festas ou shows, marcou uma mudança de comportamento na Corte.
Fachin ressaltou que o Judiciário deve se concentrar nos autos dos processos e evitar o espetáculo público, buscando restabelecer a confiança da sociedade na justiça. Em palestra para jovens juízes, ele enfatizou princípios como integridade, coragem e compromisso com os deveres institucionais, além de criticar o corporativismo e os privilégios excessivos no serviço público. O novo presidente também alertou para os riscos da polarização política e defendeu a segurança jurídica como base para o Estado Democrático de Direito.
A gestão de Fachin pode representar uma guinada no STF, com maior foco na técnica jurídica e menos exposição midiática. A expectativa é que sua liderança contribua para reduzir práticas controversas, como os altos benefícios salariais no Judiciário, e fortaleça a independência da Corte. Essa postura tende a melhorar a imagem do Supremo perante a sociedade e garantir decisões mais equilibradas e fundamentadas.