O ministro Edson Fachin tomou posse como presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (29), sucedendo Luís Roberto Barroso. Alexandre de Moraes assume a vice-presidência, formando a nova direção da Corte para os próximos dois anos. Fachin foi escolhido seguindo a tradição do tribunal, que indica para a presidência o ministro mais antigo que ainda não ocupou o cargo.
Natural do Rio Grande do Sul, Fachin formou-se em Direito pela Universidade Federal do Paraná em 1980 e possui mestrado e doutorado pela PUC-SP. Com experiência acadêmica internacional, incluindo pós-doutorado no Canadá e pesquisas na Alemanha, construiu uma carreira sólida antes de ser indicado ao STF pela ex-presidente Dilma Rousseff em 2015. Ganhou notoriedade ao assumir a relatoria da Operação Lava Jato após a morte do ministro Teori Zavascki, conduzindo decisões importantes que influenciaram o cenário político e jurídico brasileiro.
O novo presidente enfrentará desafios complexos, como o julgamento dos núcleos remanescentes da trama golpista de 2022, que resultou na condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro. Também estão pendentes processos contra o deputado Eduardo Bolsonaro, acusado de coação em investigação judicial. Além disso, o STF poderá analisar propostas de anistia ou redução de penas relacionadas a Bolsonaro em tramitação no Congresso, posicionando a Corte no centro das disputas políticas nacionais.