Neste domingo (7), moradores de diversos países, como Itália e Austrália, puderam admirar um eclipse lunar total, que conferiu ao satélite natural da Terra uma coloração alaranjada, conhecida como ‘Lua de Sangue’. O fenômeno teve início por volta das 12h30, no horário de Brasília, atingindo seu ápice pouco depois das 15h e se encerrando por volta das 18h. No Brasil, a observação foi inviável, pois a Lua estava abaixo da linha do horizonte, mas imagens captadas em outras partes do mundo revelam a magnitude do evento.
A ‘Lua de Sangue’ é resultado da refração da luz solar na atmosfera terrestre, que filtra os comprimentos de onda azuis e verdes, permitindo a passagem apenas dos tons vermelhos e alaranjados. Segundo a astrônoma Cristiane Costa, do Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST), o fenômeno ocorre quando a Lua passa pela sombra da Terra. A atmosfera terrestre desempenha um papel crucial nesse processo, pois a luz solar espalhada pode ainda atingir a Lua, dependendo da trajetória que ela segue ao passar pelo cone de sombra.
As implicações desse evento astronômico vão além da beleza visual; ele também desperta o interesse científico e educativo sobre fenômenos naturais. Embora o Brasil não tenha conseguido observar o eclipse, a repercussão nas redes sociais e a divulgação de imagens ao redor do mundo incentivam a curiosidade sobre astronomia e a importância de eventos celestiais para a compreensão do nosso universo.