Duas mortes foram confirmadas no estado de São Paulo, uma na capital e outra em São Bernardo do Campo, após o consumo de bebidas alcoólicas adulteradas com metanol. O Centro de Vigilância Sanitária (CVS) da Secretaria Estadual de Saúde informou que desde junho foram registrados seis casos de intoxicação por metanol, incluindo os dois óbitos, e atualmente há dez casos sob investigação. A Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar a morte de um homem de 38 anos em São Bernardo do Campo, enquanto a outra vítima, um homem de 54 anos, faleceu na região da Mooca, na zona Leste da capital.
As autoridades estão monitorando a fiscalização de estabelecimentos que vendem bebidas contaminadas e alertam sobre os riscos associados ao consumo de produtos de origem clandestina. O metanol, uma substância incolor e inflamável, pode causar intoxicação grave, com sintomas que se assemelham à embriaguez comum, dificultando o diagnóstico precoce. O Ministério da Justiça e Segurança Pública emitiu recomendações para que os estabelecimentos fiquem atentos a sinais de falsificação e reforçou que a comercialização de produtos adulterados é crime previsto no Código Penal.
A intoxicação por metanol pode levar a consequências severas, incluindo danos permanentes à visão e até morte. Os sintomas iniciais incluem dor de cabeça e náuseas, mas podem evoluir para distúrbios visuais e comprometimento do sistema nervoso central. A rapidez no reconhecimento dos sintomas e a busca por assistência médica são cruciais para evitar desfechos trágicos.