O dólar encerrou o quinto pregão consecutivo de queda nesta terça-feira, 16, fechando abaixo de R$ 5,30, em um cenário de enfraquecimento global da moeda norte-americana. Apesar de dados positivos do varejo e da indústria nos Estados Unidos, investidores apostam em uma possível redução de 0,75 ponto porcentual na taxa básica de juros americana até o final do ano. O real, que se destacou entre as moedas emergentes, apresentou ganhos mais modestos em comparação a outras divisas latino-americanas, enquanto moedas desenvolvidas, como o euro, atingiram seus maiores níveis em relação ao dólar em quatro anos.
A queda do dólar é acompanhada por uma expectativa crescente sobre a Super Quarta, quando se espera que o Federal Reserve anuncie um corte na taxa de juros. A avaliação entre analistas é que essa decisão pode levar a uma nova desvalorização da moeda americana no Brasil. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) também divulgou que a taxa de desemprego caiu para 5,6%, a menor desde o início da série histórica, reforçando a perspectiva de que o Comitê de Política Monetária (Copom) deve manter a Selic em 15% ao ano por mais tempo.
Além disso, a fragilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro, que foi hospitalizado nesta terça-feira, pode influenciar o cenário político e econômico do país. A situação fortalece a candidatura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o que agrada uma parte do mercado financeiro. Com um ambiente externo mais favorável e a expectativa de condições financeiras menos apertadas, o fluxo de investimentos para o Brasil tende a aumentar, contribuindo para a valorização do real.