A dívida pública do Brasil atingiu 90% do PIB, conforme medição do Fundo Monetário Internacional (FMI), em julho de 2024. O total da dívida do setor público consolidado chegou a R$ 9,6 trilhões, com um aumento de um ponto percentual em relação ao mês anterior, segundo dados do Banco Central. Essa elevação no endividamento gera preocupações sobre a capacidade do país de cumprir suas obrigações financeiras, especialmente em um cenário de juros altos, atualmente fixados em 15% ao ano.
O Banco Central explica que sua metodologia de cálculo da dívida pública não inclui os títulos do Tesouro Nacional que estão em sua carteira, o que resulta em uma diferença significativa quando comparado ao padrão do FMI. A relação entre dívida e PIB é um indicador crucial para o mercado financeiro, pois uma dívida mais alta pode aumentar o risco de calote e restringir o crescimento econômico. Além disso, a pressão sobre a taxa de juros pode dificultar o acesso ao crédito para o setor produtivo.
O FMI recomendou que o Brasil adote sua metodologia para o cálculo da dívida, incluindo todos os títulos emitidos pelo Tesouro Nacional. Essa mudança ainda está sob análise das autoridades brasileiras. Historicamente, a dívida pública brasileira cresceu significativamente desde 2001, refletindo os desafios econômicos enfrentados pelo país, especialmente durante crises e gastos extraordinários relacionados à pandemia de Covid-19.