De janeiro a agosto de 2025, o Distrito Federal registrou 5.696 ocorrências de incêndios em vegetação, uma média alarmante de 23 casos por dia. A maioria desses incêndios é provocada pela ação humana, que varia desde o descarte imprudente de cigarros até práticas agrícolas obsoletas, como a queima de pastagens. O doutor em Desenvolvimento Sustentável pela Universidade de Brasília, Christian Della Giustina, alerta que a vegetação do Cerrado está especialmente vulnerável nesta época do ano devido ao calor e à baixa umidade.
Além dos danos ambientais significativos, os incêndios são considerados crimes sob a legislação brasileira. Um recente incidente no Parque da Cidade resultou na prisão de um homem que ateou fogo intencionalmente em um bambuzal, afetando uma área de 200 m². O professor de direito Roger Yabiku destaca que a Lei de Crimes Ambientais prevê penas de reclusão de dois a quatro anos para quem provocar incêndios em vegetação, enfatizando a responsabilidade legal dos infratores.
As consequências dos incêndios vão além das sanções penais; os responsáveis podem ser obrigados a reparar os danos ambientais. O Corpo de Bombeiros recomenda diversas medidas preventivas para evitar novos incêndios, como não queimar lixo ou folhas secas e manter áreas livres de vegetação ao redor de propriedades. A situação exige uma mobilização coletiva para proteger o meio ambiente e garantir a segurança da população durante o período crítico da seca.