Milhares de brasileiros, como Felipe Bomfim e Leandro Tenório, enfrentam o desemprego de longo prazo, mesmo com qualificações sólidas. Dados da PNAD revelam que mais de 1,2 milhão de pessoas estão fora do mercado há mais de dois anos, apesar da taxa de desocupação ter atingido 5,6% em julho de 2025. Esse paradoxo levanta questões sobre as exigências do mercado e os estigmas enfrentados por aqueles que buscam recolocação profissional. O economista Bruno Imaizumi aponta que a situação não é simples; muitos dos afetados possuem ensino médio completo e enfrentam um mercado cada vez mais exigente. A especialista em carreiras Taís Targa destaca que o preconceito contra quem está há muito tempo sem emprego pode ser um fator limitante, além da pressão econômica que força muitos a aceitarem vagas abaixo de suas qualificações. O desemprego prolongado não apenas compromete a renda, mas também abala a autoestima e reforça estigmas sociais, criando um ciclo difícil de romper.