Cientistas da Universidade da Califórnia em San Francisco (UCSF) descobriram que a proteína ferritina de cadeia leve 1 (FTL1) desempenha um papel significativo no envelhecimento cerebral, especialmente no hipocampo, uma região crítica para a cognição. Em experimentos com ratos, os pesquisadores observaram que os animais mais velhos apresentavam níveis elevados de FTL1, enquanto os mais jovens tinham concentrações menores. A manipulação genética da proteína revelou que aumentar os níveis de FTL1 em ratos jovens causou declínio cognitivo, enquanto sua redução em ratos mais velhos melhorou a função cerebral.
O estudo, publicado em agosto, sugere que a FTL1 não é apenas uma consequência do envelhecimento, mas um dos fatores que contribuem para o declínio cognitivo. A pesquisa também indica que a proteína afeta a mitocôndria, limitando o crescimento e a conectividade neuronal, o que pode estar relacionado a doenças como Alzheimer. Apesar de os resultados serem baseados em experimentos com ratos e células em laboratório, o principal autor, Saul Villeda, expressou otimismo sobre as potenciais aplicações terapêuticas da descoberta.
Os cientistas agora se dedicam a investigar como a FTL1 atua no cérebro humano e buscam desenvolver métodos seguros para manipular essa proteína em tratamentos futuros. A descoberta abre novas possibilidades para abordar as consequências do envelhecimento e melhorar a qualidade de vida na terceira idade, destacando um momento promissor na biologia do envelhecimento.