Um trem da Linha 4-Amarela do Metrô de São Paulo descarrilou na manhã desta terça-feira, 9 de setembro de 2025, entre as estações Vila Sônia e Morumbi. A composição, que trafegava no sentido Luz, teve o último carro separado do restante do trem, mas a concessionária Via Quatro informou que não houve feridos. A operação está interrompida entre as estações Paulista e Morumbi, com ônibus do Plano de Apoio entre Empresas de Transporte em Situações de Emergência (PAESE) operando no trecho afetado.
O descarrilamento levanta preocupações sobre a segurança da linha privatizada e a eficácia da manutenção. Alex Santana, vice-presidente da Federação Nacional dos Metroferroviários (Fenametro), destacou que a ausência de um operador treinado na cabine pode ter contribuído para o acidente. Ele também questionou a lógica da concessão, afirmando que a linha, considerada modelo, já apresenta sinais de desgaste e superlotação em apenas 15 anos de operação.
Santana enfatizou a importância de uma investigação transparente para determinar as causas do descarrilamento e alertou que o modelo de privatização pode comprometer a segurança dos usuários. A situação atual não apenas afeta os passageiros da Linha 4-Amarela, mas também impacta outras linhas integradas ao sistema, gerando um debate sobre o futuro das concessões no transporte público em São Paulo.