O open finance, que permite o compartilhamento de dados financeiros entre instituições, enfrenta desafios significativos para sua expansão no Brasil. Apesar de facilitar operações como o Pix por aproximação, a adesão das empresas e a taxa de sucesso nas transações permanecem como gargalos críticos. Atualmente, entre 50% e 60% das operações realizadas pelo sistema não são concluídas sem erros, enquanto o objetivo é alcançar uma taxa de 99,5%, semelhante à dos cartões de crédito.
A Associação dos Iniciadores de Transação de Pagamento (Init) aponta que a segurança das transações no open finance é superior à dos cartões bancários, com casos de fraude sendo raros. No entanto, a adesão das empresas ao sistema é limitada, com apenas 403 mil consentimentos registrados para o compartilhamento de dados por pessoas jurídicas. Burocracias e questões tecnológicas dificultam a implementação, especialmente para empresas com múltiplas contas bancárias.
Recentemente, o Banco Central discutiu melhorias no sistema, incluindo o processamento em lotes de transações para facilitar a adesão de médias e grandes empresas. Especialistas acreditam que a superação desses desafios pode proporcionar vantagens significativas para pequenas e médias empresas, aumentando seu poder de barganha no crédito. Em 2026, o Banco Central planeja lançar a portabilidade de crédito via open finance, ampliando ainda mais as possibilidades do sistema.