Viajar pela África se tornou um verdadeiro desafio, marcado por entraves burocráticos e tarifas elevadas. A DJ queniana Coco Em, ao planejar uma apresentação em Cabo Verde, teve que enfrentar um longo trajeto que incluía uma parada na Europa, devido à necessidade de um visto Schengen. Ao chegar ao aeroporto, no entanto, a companhia aérea negou seu embarque, evidenciando as dificuldades que muitos africanos encontram ao tentar se deslocar dentro do próprio continente.
Essas barreiras não são apenas um obstáculo para artistas como Coco Em, mas refletem um problema maior que afeta a mobilidade de milhões de africanos. A falta de acordos de livre circulação entre os países africanos contribui para um cenário onde viagens se tornam longas e onerosas, dificultando o intercâmbio cultural e econômico. A situação levanta questionamentos sobre a viabilidade de um futuro onde a viagem entre nações africanas seja mais acessível e descomplicada.
As implicações dessa realidade são profundas, pois limitam não apenas o turismo, mas também as oportunidades de negócios e colaborações artísticas. À medida que os africanos enfrentam essas barreiras, a necessidade de reformas nas políticas de vistos e transporte se torna cada vez mais urgente. O sonho de uma África conectada e integrada pode estar ameaçado se não houver mudanças significativas nesse cenário.