A economia chinesa apresentou sinais preocupantes de desaceleração em agosto, conforme dados divulgados nesta segunda-feira (15). A produção industrial e o consumo cresceram ao ritmo mais lento em quase um ano, com a atividade industrial aumentando apenas 5,2%, abaixo da expectativa de 5,6%, e as vendas no varejo subindo 3,4%, o menor crescimento desde novembro. Essas dificuldades refletem uma crise no setor imobiliário e uma queda na confiança dos consumidores, colocando em risco o objetivo oficial de crescimento de 5% para 2025.
O Escritório Nacional de Estatísticas (ONE) destacou que a crise da dívida no setor imobiliário e a fraca demanda interna estão afetando significativamente a economia. O desemprego urbano subiu para 5,3% em agosto, enquanto os preços das residências novas caíram em 65 das 70 cidades pesquisadas. Economistas alertam que a situação exige intervenções políticas para estimular a economia, já que o crescimento subjacente está claramente em declínio.
Além disso, as tensões comerciais entre Pequim e Washington complicam ainda mais o cenário econômico. As duas potências iniciaram novas negociações em Madri para abordar divergências sobre tarifas e outras questões cruciais. Com tarifas recíprocas elevadas e incertezas no ambiente externo, a economia chinesa enfrenta riscos significativos que podem impactar sua recuperação pós-pandemia.