As ações das empresas argentinas despencaram 13% nesta segunda-feira (8), após a derrota da coalizão do presidente Javier Milei nas eleições legislativas da província de Buenos Aires, ocorridas no domingo (7). A oposição, representada pela coalizão peronista Fuerza Pátria, conquistou 47% dos votos, enquanto o partido ultraliberal La Libertad Avanza, de Milei, ficou com 33%. O resultado acendeu alarmes sobre a viabilidade das reformas econômicas implementadas pelo presidente, que incluem cortes de subsídios e um forte ajuste fiscal.
Desde que assumiu o governo, Milei tem enfrentado uma inflação crescente e um PIB em queda, com mais de 15 mil empresas fechando desde sua posse. Apesar de prometer manter sua agenda econômica liberal, a derrota eleitoral e a desvalorização do peso argentino indicam um cenário desafiador para sua administração. Além disso, a crise política se agrava com investigações de corrupção envolvendo Karina Milei, irmã do presidente e secretária da Presidência.
Com novas eleições marcadas para outubro, onde metade das cadeiras da Câmara de Deputados e um terço do Senado estarão em disputa, o governo de Milei se vê em uma encruzilhada. A pressão por mudanças e a insatisfação popular podem influenciar não apenas a governabilidade, mas também o futuro econômico da Argentina em um momento crítico para o país.