A dermatite atópica, uma condição de pele que afeta entre 10% e 15% da população mundial, pode ser exacerbada por estresse, clima seco e produtos químicos. A dermatologista Carla Rabello, de Sorocaba (SP), explica que a resposta emocional influencia diretamente a função imunológica e a inflamação da pele, resultando em sintomas como escamação, manchas vermelhas e coceira. Além disso, a dermatite disidrótica, uma variação da doença, pode ocorrer em pessoas com dermatite atópica e é frequentemente desencadeada pelo estresse emocional.
Mudanças climáticas também desempenham um papel significativo na gravidade da dermatite atópica. A médica Luana Silva, também de Sorocaba, observa que climas secos e frios podem tornar a pele mais vulnerável à inflamação, enquanto o calor excessivo gera oleosidade em excesso, causando irritação. Produtos químicos domésticos, tecidos sintéticos e banhos quentes são outros fatores que podem agravar a condição, comprometendo a barreira protetora da pele.
Embora não haja cura para a dermatite atópica, o tratamento adequado pode controlar os sintomas. A dermatologista recomenda o uso de hidratantes que contenham ceramidas e ingredientes calmantes, além de corticosteróides para reduzir a inflamação. O acompanhamento médico é fundamental para garantir a escolha do tratamento mais seguro e eficaz, especialmente considerando que a doença está frequentemente relacionada a predisposições genéticas e outras condições alérgicas, como asma e rinite.