Deputados do Centrão e do PL estão tentando transferir a responsabilidade pela derrota da PEC da Blindagem ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), chamando-o de ‘traidor’. O clima entre a Câmara e o Senado se deteriorou após Alcolumbre anunciar publicamente o arquivamento da proposta aprovada pelos deputados, o que gerou descontentamento entre os parlamentares. Hugo Motta (Republicanos-PB) expressou sua insatisfação, mas busca amenizar a crise entre as duas Casas.
Os senadores, incluindo líderes bolsonaristas, concordam com Alcolumbre, afirmando que não houve uma reunião do colégio de líderes para deliberar sobre a PEC. Inicialmente, havia uma expectativa de que a proposta poderia ser aprovada, mas essa possibilidade se dissipou após as manifestações de rua do último domingo (21). Segundo os senadores, se a PEC tivesse se concentrado na proteção dos direitos dos deputados em relação à liberdade de expressão e voto, ela teria chances de aprovação nas duas Casas. No entanto, o desejo de uma blindagem ampla para diversos crimes foi considerado exagerado por alguns líderes.
A situação atual evidencia as tensões internas dentro do Congresso e a fragilidade das articulações políticas em um momento em que a confiança nas propostas legislativas é questionada. O descontentamento entre os deputados pode levar a um agravamento das relações entre a Câmara e o Senado, impactando futuras votações e a governabilidade. A crise em torno da PEC da Blindagem destaca a necessidade de um diálogo mais eficaz entre os parlamentares para evitar conflitos semelhantes no futuro.
