Deputados estaduais de São Paulo, Antonio Donato (PT) e Guilherme Cortez (Psol), protocolaram um pedido de impeachment contra o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) nesta terça-feira, 9 de setembro de 2025. O pedido, entregue ao presidente da Assembleia Legislativa, André do Prado (PL), alega que o governador cometeu crime de responsabilidade ao articular em Brasília durante um julgamento do STF que envolvia o ex-presidente Jair Bolsonaro e ao participar de manifestações que desrespeitam o Estado democrático de Direito.
Os deputados citam a viagem do governador à capital federal na semana em que o STF julgava Bolsonaro por tentativa de golpe e sua presença em um evento na Avenida Paulista no dia 7 de setembro, onde fez declarações consideradas extremas contra o ministro Alexandre de Moraes. O pedido argumenta que Tarcísio utilizou recursos públicos para fins pessoais e políticos, o que configura ilegalidade e imoralidade.
André do Prado, aliado político de Tarcísio, agora tem a responsabilidade de decidir sobre a abertura do processo. A situação é delicada, pois o governador conta com ampla maioria na Assembleia Legislativa, e as implicações desse pedido de impeachment podem afetar significativamente o cenário político paulista e nacional. O Poder360 tentou contato com a assessoria de Tarcísio para obter uma resposta sobre as acusações, mas não obteve retorno até o fechamento desta reportagem.