A Polícia Federal (PF) investiga o deputado federal Elmar Nascimento (União Brasil-BA) por seu suposto envolvimento em um esquema de fraudes em licitações e desvio de recursos públicos, no âmbito da Operação Overclean. O caso está sob análise do Supremo Tribunal Federal (STF), que recebeu o inquérito após a identificação de possíveis conexões do parlamentar. Na mais recente fase da operação, deflagrada em julho, o ministro Nunes Marques negou pedidos da PF para realizar buscas e bloquear bens do deputado.
As investigações revelam que o esquema envolve fraudes em contratos de limpeza urbana e pavimentação em diversos municípios baianos, com destaque para Campo Formoso. A empresa Allpha Pavimentações, ligada aos empresários Alex e Fábio Parente, venceu licitações que somam R$ 51 milhões, financiadas por emendas parlamentares destinadas por Elmar. Além disso, a operação apura o uso de uma aeronave pertencente a Alex Parente, que transportava parlamentares baianos e chegou a carregar dinheiro em espécie.
Apesar das evidências levantadas pela PF, a Procuradoria-Geral da República (PGR) considera que os indícios contra Elmar Nascimento são frágeis e não justificam medidas judiciais mais incisivas. O ministro Nunes Marques seguiu essa linha ao indeferir pedidos contra o deputado e seu irmão, Elmo Nascimento, prefeito de Campo Formoso. Em nota, Elmar nega qualquer participação no esquema e afirma que os indícios são insuficientes para justificar as investigações.