Na sexta-feira, 12 de setembro de 2025, congressistas democratas dos Estados Unidos enviaram uma carta ao secretário do Tesouro, Scott Bessent, solicitando que o governo do presidente Donald Trump exija que a China contenha sua ‘superprodução estrutural’. O documento, obtido pela Reuters, foi enviado enquanto Bessent se preparava para negociações com autoridades chinesas em Madri, na Espanha. Os membros do comitê da Câmara dos Representantes sobre a China argumentam que qualquer acordo comercial deve incluir ‘requisitos vinculantes’ para que Pequim reduza sua sobrecapacidade industrial.
A carta ressalta que a China produz mais bens do que consegue consumir internamente, resultando em grandes volumes de exportações e guerras de preços no mercado doméstico. Apesar das alegações dos EUA sobre o excesso de produção, autoridades chinesas negam tais afirmações e iniciaram uma campanha contra a deflação em alguns setores. Bessent e o representante comercial Jamieson Greer começaram conversas em Madri com uma equipe liderada pelo vice-primeiro-ministro He Lifeng, enquanto o Ministério das Relações Exteriores da China critica as alegações como um pretexto para protecionismo.
Os democratas afirmam que o governo deve aproveitar o descontentamento causado pelas exportações chinesas para trabalhar com aliados na formulação de uma resposta internacional à sobrecapacidade. A carta menciona indústrias como aço e painéis solares como exemplos de como a expansão da oferta na China prejudicou empregos nos EUA e outros países. A abordagem proposta requer uma estratégia ‘mais equilibrada’ em relação às tarifas, visando um acordo comercial duradouro entre as duas potências econômicas.