Carlos Belmonte deixou o cargo de diretor de futebol do São Paulo após a derrota por 1 a 0 para o Ceará, no dia 29 de setembro de 2025, no estádio do Morumbi. A saída ocorreu simultaneamente a um protesto organizado pela torcida Independente, que exigiu a renúncia dele e do presidente Julio Casares, com cartazes e caixões simbolizando o descontentamento.
Belmonte justificou sua demissão por discordar das negociações conduzidas por Casares para a criação de um fundo de investimentos nas categorias de base do clube. O projeto prevê captar R$ 250 milhões, sendo R$ 200 milhões para melhorias em Cotia e R$ 50 milhões para reduzir a dívida do clube, em troca da cessão de 30% dos lucros provenientes da venda de jogadores formados no São Paulo. A proposta já foi aprovada pelo Conselho de Administração e aguarda análise do Conselho Deliberativo, gerando controvérsia interna.
A saída do diretor evidencia um racha político entre ele e o presidente Casares, que se tornou público após o vazamento de uma mensagem interna em agosto. Com a saída de Belmonte, líder do segundo maior grupo político do clube, Casares perde um importante aliado no Conselho Deliberativo, o que pode impactar as eleições presidenciais futuras e alterar o equilíbrio político dentro do São Paulo.