O delegado-geral da Polícia Civil do Acre, José Henrique Maciel, enfrenta uma investigação após ser abordado pela Polícia Militar no último domingo (31) em Rio Branco. Durante a abordagem, ele se recusou a realizar o teste do bafômetro e foi flagrado utilizando uma caminhonete de uso institucional que estava sem licenciamento. O Ministério Público do Acre (MP-AC) agora investiga as possíveis irregularidades constatadas pelo Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTran), incluindo a busca por câmeras de segurança e testemunhas.
Além da recusa ao teste do bafômetro, o delegado já foi alvo de diversas denúncias em 2023, incluindo tráfico de influência e assédio moral e sexual. Documentos apresentados pela deputada estadual Michelle Melo (PDT) na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) revelam que Maciel solicitou R$ 211 mil de forma indevida, o que ele nega. Em 2020, ele foi afastado por dois anos devido a investigações sobre um suposto esquema de ‘rachadinha’, mas retornou ao cargo em 2022, com o governo expressando confiança em sua idoneidade.
As implicações dessa investigação podem ser significativas para a carreira de Maciel e para a imagem da Polícia Civil do Acre. A apuração das denúncias anteriores e a atual investigação sobre o uso indevido do veículo institucional podem resultar em consequências administrativas e legais para o delegado. A situação levanta preocupações sobre a integridade das instituições policiais e a necessidade de transparência nas ações dos seus líderes.
