O delegado da Polícia Federal, Gustavo Steel, foi preso na quarta-feira (3) por vazar informações confidenciais sobre operações policiais contra traficantes, enquanto ostentava uma vida de luxo. Detido no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro, Steel conquistou a confiança do Comando Vermelho ao compartilhar detalhes sigilosos com a facção criminosa. Em suas redes sociais, ele exibia momentos de glamour e um anel feito pelo deputado Thiego Raimundo dos Santos Silva, conhecido como TH Joias, que também foi preso na mesma operação.
As investigações revelaram que Steel acessou o sistema interno da PF para verificar mandados contra o traficante conhecido como “Índio do Lixão” e identificar policiais envolvidos em investigações contra facções criminosas. Sua história inclui episódios polêmicos, como sua prisão na Operação Resplendor em 2008, que expôs um esquema de fraudes em combustíveis envolvendo policiais e empresários. Embora tenha sido inocentado de corrupção, foi condenado por abuso de autoridade e enfrenta dois processos por violência doméstica.
A prisão de Gustavo Steel levanta sérias preocupações sobre a integridade das operações policiais e a infiltração de corrupção na Polícia Federal. A detenção do delegado e do parlamentar TH Joias sugere uma rede de conivência que pode comprometer a luta contra o crime organizado no Brasil. As implicações desse caso podem resultar em uma reavaliação das práticas internas da PF e um chamado à ação para fortalecer a supervisão sobre seus membros.