No segundo dia de julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), as defesas dos réus Augusto Heleno, Jair Bolsonaro, Paulo Sérgio Nogueira e Braga Netto solicitaram a absolvição total de seus clientes. Os advogados contestaram as provas apresentadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR), afirmando que não existem evidências que conectem os réus a planos golpistas ou ações violentas, como a invasão da sede dos Três Poderes em 8 de janeiro.
As defesas argumentaram sobre a dificuldade de acesso a documentos e criticaram a credibilidade das delações, especialmente a do ex-ajudante de ordens Mauro Cid. O advogado de Heleno destacou que o general perdeu influência política durante o governo Bolsonaro, enquanto a defesa do ex-presidente enfatizou que ele não incitou qualquer ruptura democrática e que as reuniões mencionadas não configuram atos de violência ou tentativa de golpe.
As implicações desse julgamento são significativas, pois envolvem figuras centrais da política brasileira e podem impactar a percepção pública sobre a legitimidade das ações do governo anterior. A defesa de cada réu busca não apenas a absolvição, mas também deslegitimar as acusações que podem influenciar futuras investigações e processos judiciais relacionados ao período pós-eleitoral.