O Supremo Tribunal Federal (STF) realizou nesta quarta-feira (3) a segunda sessão do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e sete aliados, acusados de tentativa de golpe de Estado em 2022. As defesas concentraram-se em criticar a delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e questionar a validade das provas apresentadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que sustenta que Bolsonaro foi o mentor da conspiração.
Durante a sessão, os advogados de defesa alegaram cerceamento de defesa e tentaram desvincular seus clientes da suposta intentona golpista. O advogado de Bolsonaro, Celso Vilardi, afirmou que não há provas concretas que liguem o ex-presidente aos eventos de 8 de janeiro e criticou a credibilidade da delação de Cid, que teria mentido em diversas ocasiões. Outros generais também buscaram se distanciar das acusações, com defesas ressaltando suas ações contrárias ao golpe.
O julgamento prossegue nos dias 9, 10 e 12 de setembro, com a expectativa de que o relator Alexandre de Moraes inicie a leitura de seu voto. A decisão final poderá impactar significativamente o futuro político dos réus e a confiança nas instituições democráticas do Brasil, uma vez que para condenação ou absolvição são necessários ao menos três votos convergentes entre os ministros da Primeira Turma do STF.