No segundo dia do julgamento do chamado “núcleo crucial” da trama golpista, a defesa de Jair Bolsonaro (PL) contestou nesta quarta-feira (3) as acusações que o ligam aos atos de 8 de janeiro e a um suposto plano golpista. A sessão, realizada apenas na parte da manhã, durou quase quatro horas e será retomada na próxima terça-feira (9), a partir das 9h, com o voto dos ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). Os advogados pediram a absolvição de Bolsonaro e outros réus, contestando principalmente a credibilidade da delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente. Eles apontaram contradições e omissões no acordo, além de questionarem o acesso limitado às provas e o alegado cerceamento da defesa. Segundo os defensores, não há provas que conectem Bolsonaro ao Punhal Verde e Amarelo ou à Operação Luneta. A defesa criticou ainda a rapidez do processo, que dificultou a análise completa das informações. O advogado de Braga Netto também contestou a delação de Cid, afirmando que ela carece de provas concretas e que o colaborador foi pressionado a aceitar uma narrativa. O julgamento no STF seguirá na próxima semana, quando os ministros apresentarão seus votos, definindo o destino dos acusados e a eventual aplicação de penas que podem chegar a 43 anos de prisão.