A Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro denunciou que criminosos estão impedindo a instalação de câmeras de segurança em escolas e creches, levando à suspensão das aulas em diversas unidades. Recentemente, uma creche em Vicente de Carvalho foi invadida por homens armados, que dispararam em uma sala repleta de bebês, evidenciando a gravidade da situação. Segundo o secretário Renan Ferreirinha, essa realidade se repete em várias áreas conflagradas da cidade, onde a presença do crime organizado controla o ambiente escolar.
Um levantamento da Secretaria revela que até agosto de 2025, escolas da rede municipal ficaram sem aulas por até 29 dias devido à violência armada. As regiões mais afetadas incluem Chapadão e Juramento, onde a insegurança tem gerado um impacto significativo na aprendizagem das crianças. Flavia Antunes, do Unicef, alerta que os jovens que vivem sob controle armado enfrentam uma perda equivalente a seis meses de estudo em comparação com outras áreas.
Os protocolos de segurança implementados pela Prefeitura tentam monitorar a situação, mas frequentemente falham diante da realidade violenta. Diretores e professores relatam uma rotina marcada pelo medo, tendo que ensinar alunos a se protegerem durante tiroteios. Apesar dos desafios, muitos educadores permanecem comprometidos com a educação, reconhecendo sua importância vital para as crianças em meio ao caos.