Uma criança de 2 anos morreu em Paulista, Pernambuco, após sofrer uma convulsão e ter seu corpo encontrado 24 horas depois no sofá da casa onde morava. A Polícia Civil investiga o caso de omissão de socorro dos pais, que são irmãos e mantêm um relacionamento incestuoso, prática condenada pela medicina devido aos riscos de má formação em filhos de relações desse tipo. O menino convulsionou, mas os pais não buscaram ajuda médica, mesmo morando perto de uma Unidade de Pronto-Atendimento (UPA).
O corpo da criança foi descoberto na manhã de segunda-feira (1º) por vizinhos que acionaram a polícia. Embora os pais tenham sido ouvidos pela polícia, não foram presos. A outra filha do casal, uma bebê de 9 meses, foi acolhida pelo Conselho Tutelar e não apresentava sinais de maus-tratos. Vizinhos relataram que o casal já havia sido denunciado por negligência anteriormente, levantando preocupações sobre a segurança das crianças sob seus cuidados.
A investigação da Polícia Civil está em andamento e o caso foi registrado como “morte a esclarecer, sem indício de crime”. A situação destaca a necessidade de um olhar mais atento sobre a proteção infantil e as implicações legais do incesto no Brasil, além de questionar a eficácia das intervenções anteriores do sistema de proteção à criança. O futuro da bebê resgatada dependerá de decisões judiciais sobre sua guarda.