Em reunião da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) realizada nesta segunda-feira, 1º de setembro de 2025, os parlamentares decidiram encaminhar ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de prisão preventiva para nove indivíduos acusados de envolvimento em um esquema fraudulento relacionado ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), afirmou que as evidências são robustas, com um inquérito que contém mais de 3 mil páginas documentando os descontos ilegais na folha de aposentados e pensionistas.
Durante a sessão, Gaspar enfatizou a necessidade da prisão preventiva devido ao risco de fuga dos acusados, citando que há indícios suficientes de autoria e materialidade dos crimes. Ele criticou a sugestão do delegado responsável pelo inquérito-mãe, que propôs medidas alternativas à prisão, considerando-as inadequadas diante da gravidade da situação. O advogado Eli Cohen, que testemunhou na CPMI, revelou que sua investigação inicial em São Paulo levou à descoberta do esquema, que envolvia a empresa THG e pagamentos ilícitos relacionados ao INSS.
As consequências desse pedido de prisão podem ser significativas para o combate às fraudes previdenciárias no Brasil, aumentando a pressão sobre o sistema judicial e potencialmente resultando em novas investigações. A CPMI busca não apenas responsabilizar os envolvidos, mas também restaurar a confiança pública nas instituições previdenciárias. O desdobramento desse caso poderá influenciar futuras políticas e ações legislativas voltadas para a proteção dos direitos dos aposentados e pensionistas.